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  • Foto do escritorGeração 7x1

Quando teremos um brasileiro na Fórmula 1?

Ayrton Senna foi o último piloto brasileiro campeão mundial de F1 | Foto: Divulgação

Todo piloto de monoposto sonha em um dia pilotar um carro de fórmula 1, disputar corridas, temporadas completas e ser campeão mundial. Mas não basta sonhar; o piloto tem um árduo caminho até chegar ao ápice de estar entre os vinte pilotos a correr na Fórmula 1. O piloto precisa ter talento, mas além disso, precisa estar em uma boa equipe e ter apoio financeiro. Sem isso, o piloto não chega a lugar nenhum.


Ao longo de 71 anos de história, a Fórmula 1 já contou com a participação de 32 pilotos brasileiros, sendo que três foram campeões mundiais: Emerson Fittipaldi (1972 e 1974), Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987) e Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991). Além desses três pilotos, o Brasil ainda contou com participações marcantes de Rubens Barrichello, último brasileiro a ganhar uma corrida, e Felipe Massa. O Brasil inclusive já teve uma equipe na categoria entre os anos de 1975 e 1982, a Copersucar-Fittipaldi.


Mas desde a aposentadoria de Felipe Massa, em 2018, nenhum outro piloto de nacionalidade brasileira conseguiu se tornar fixo em uma equipe, apenas como piloto reserva, como o caso de Pietro Fittipaldi, neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, que substituiu o piloto suíço Romain Grosjean após acidente no GP do Bahrein em 2020.


JOVENS PROMESSAS


O Brasil tem jovens pilotos promissores nas categorias de apoio à Fórmula 1 (F2 e F3). Pilotos como o paranaense Felipe Drugovich, que disputa a F2 pela equipe britânica UNI- Virtuosi. Em duas temporadas na categoria, o piloto de 21 anos tem três vitórias e quatro pódios, e atualmente ocupa o 9º lugar no campeonato de Fórmula 2 deste ano com 59 pontos. Apesar de ser um piloto habilidoso e estar em uma equipe competitiva, Felipe tem um futuro incerto devido à falta de patrocínios, o que diminui a chance de permanência na categoria.


Um caso recente de um jovem piloto brasileiro que teve problemas financeiros que afetaram sua carreira é o de Gialuca Petecof. Campeão da Fórmula Regional Europeia em 2020, o brasileiro enfrentou problemas em continuar com a equipe Prema (melhor equipe das categorias de apoio). Sem patrocínio suficiente, ele ganhou uma oportunidade de correr em uma equipe da Fórmula 2, mas só conseguiu disputar três corridas e acabou sendo substituído por não ter encontrado patrocinadores que garantissem a sua vaga. Petecof, que já foi elogiado pelo tetracampeão Sebastian Vettel, também perdeu vaga na Ferrary Drivers Academy.


Uma boa chance para os brasileiros são as academias de jovens pilotos. Elas apoiam os pilotos que têm grande talento e potencial futuro, dando a eles oportunidades de fazerem testes nos carros de Fórmula 1, treinamentos em simuladores com tecnologia de ponta e visibilidade. Elas dão suporte, mas cabe a cada piloto levar patrocínios que deem aporte para ajudar nos custos das competições. Atualmente apenas um piloto brasileiro está em uma academia de juniores: Caio Collet, na Alpine Academy. Mas estar em uma academia não garante uma vaga em alguma equipe.


Foto: Dutch Photo Agency

E AS EMPRESAS BRASILEIRAS, POR QUE NÃO PATROCINAM?


O automobilismo é um esporte que precisa de um alto custo para ser realizado: são viagens, hospedagem, custo com o carro (melhorias, danos durante a corrida etc), entre outras despesas. Com a desvalorização do Real, fica cada vez mais difícil investir em pilotos e equipes, levando em conta que os gastos giram em torno dos milhares de dólares, euros e/ou libras. As altas cifras espantam as empresas que têm o desejo de investir, o que torna a vida dos pilotos brasileiros mais complicada.


O futuro é sempre incerto quando se trata de Fórmula 1. Mesmo tendo pilotos de grande capacidade e talento, é bem difícil que vejamos algum piloto brasileiro na categoria mais famosa de automobilismo, pelo menos nas próximas temporadas. Cabe a nós torcedores apenas a tristeza de vermos carreiras promissoras serem extintas por falta de investimento.


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